Goth Keeper uma mera memória



No meu jardim,
Milhares de rosas vermelhas murcham,
Tento agarrar uma rosa,
Mas ao tocar ela torna-se negra,
Tal como as restantes,
As pétalas deslizam entre os meus dedos,
Olho para o céu,

Sinto-me só,
Vejo o mais escuro,
Silêncio,

O tempo nesse preciso momento para…
Torna-se um silêncio perturbante,

Olho a minha volta tudo desaparecera,
Questiono onde esta as minhas rosas?

De repentina sinto uma brisa…
Vejo pétalas ao sabor da brisa numa noite de Lua cheia…
 Estou com frio…
Tenho os dedos gelados,
Tento aquecer com o meu bafo,
Em vão, resulta em nada,
Continuava com frio…

Tento olhar a minha volta com os meus olhos negros,
Vejo demónios, meras pessoas sem alma, sem vida,
Apenas aqueles que cujo, o viver é fazer mal aos outros…
Baixo a minha cabeça,
Sorrio lentamente e sussurro…

“Todos nos gozam por sermos diferentes, por sermos góticos,
Nós gozamos por vocês, Humanos por serem todos iguais.”

Todos me olham…
É tarde demais para que eu possa ser salvo,
Continuo com frio,
Alguém tentar me dar um pouco do seu calor,
Mas aquilo é apenas falsidade,
Apenas para me dar uma falsa esperança,
Algo que fosse um pouco perfeito,
Algo que fosse um pouco negro,
Só,
Fico só outra vez,
Afinal era um falso calor,
Sozinho,
Congelado na brisa que parou o meu tempo,
Ninguém é maior do que os outros,
Apenas o nosso modo de vestir e de ver o mundo,
É diferente,
O meu destino, escrito por Hades …
A minha maldição,
Tão é aí que vês que estou realmente Só,
Tão caminho sozinho pelo um trilho de tochas,
O meu destino sem caminho,
Já morri a muito,
Não fisicamente mas psicologicamente…
A minha alma fora a muito,
 No fim do meu trilho vejo algo que me inquieta,
Algo puro,
Vejo um anjo…
Com os seus lábios venenosos, com um olhar Mortal,
Caiu, fico de joelhos,
Já é tarde…

Já que estou na beira do precipício da morte,
Viestes, Contastes bem os dias que me faltavam para morrer…
 Nesse momento as trevas e o escuro envolvem na minha noite…

Sentes?
Sentes o que estou finalmente a sentir?

Por milénios sinto amor…

E dás por ti a fazer o mesmo…

Nesse ultimo suspiro, sussurro…

“Tempo”

Então esse anjo vem ter comigo,
Pergunta-me…

Repente seu mero Gótico sem Vida,

Agarro-a…
E digo:
“Diz-me para que serve o tempo se no fim é nos tirado!”

Ela sorri, olha-me com os seus olhos negros,
Com asas tão brancas que reflecte a luz,
E responde:
“Para quê que querem o tempo, se o que mais desejam é o parar!”

Aquele anjo desaparece,
Deixando-me viver com a minha sombra,
E os meus monstros…
Piso passos que ninguém consegue pisar,
Grito para que os surdos me ouçam,
Escrevo nas paredes para que os cegos o lesem…
Leva-me contigo…

Meu coração de gelo, algo que ninguém consegue quebrar,
Tenho as minhas asas partidas,
Sou apenas um demónio esquecido,

Sozinho encontrei o meu anjo,
Nas minhas paredes do meu quarto,
Onde eu gravei as minhas memorias,
Onde conta a minha historia, como vivi e morri,

Meu nome é um fardo a carregar,
 Que com o tempo será enterrado pelas areias do tempo,
A pouco e pouco…
 Vivo apenas em ti no teu ser,
Meu anjo…

Não possuo desejos,
Sozinho e incompleto a tua procura,
A minha perfeição negra,
Esta fria e escuro…

Mesmo assim os meus olhos brilham com o puro negro,
Com esses lábios venenosos,
Apeteço beijar,
Mas que serve tudo…
Se no fim serei condenado a viver só para sempre
Estou sentado num trono das trevas,
Onde governo o silêncio,
Meu reino das trevas,
Onde ninguém me poderá ver a cair…

Chove nos meus jardins,
Onde as minhas rosas tinham desaparecido…
Voltaram negras e frias,

Onde te vi outra vez,
Meu anjo…
Onde te vi as rosas a se tornar vermelhas,
As minhas lágrimas escorrem pelo meu rosto,
Gota a gota…
Ao toucar-te sinto as minhas asas a ganhar forma,
Pena a pena…
Meu coração negro torna-se puro…
Tudo de repentina desaparece…

Volto a estar só no meu jardim…
Com as minhas rosas murchas, sem vida…
Mas eu permaneço aqui a espera dela…
Mas será que ela me ouviria se eu chama-se o seu nome desconhecido?
Sozinho
Pois é isso que estou condenado a estar para o todo sempre…
Sozinho…
Não emitas nem um som…
Deixa o silêncio envenenar os meus ouvidos,
Pois o silêncio é a minha única companhia…
O calor que antes existia dentro de mim,
Há muito que desvaneceu…
E eu permaneço sozinho…
Para sempre…
É esse o meu destino negro,
Apenas deixa-me
No teu esquecimento…

Mas não consigo te esquecer,
Mesmo que tente não consigo,
Por isso vou-te contar um pequeno segredo…

“Estarei sempre por perto…
Nos recantos que tanto temes olhar,
Os meus olhos que todos temem ainda olham por ti,
E sempre olhará,
Para esses lábios…
Estarei sempre acorrentado,
Apenas me manterei vivo,
Para viver contigo no meu coração e mente…

Nunca tentes olhar através dos meus olhos de puro negro…
Pois através deles…
Verias apenas demónios a vaguear pelo nosso mundo…
Pessoas sem vida e sem vida própria…

Preciso de ti…

De ti…

By: Goth Keeper

01-06-08

Autor deste poema : Miguel Reis ~> Todos os direitos reservados 2012 ~> Se gostastes, partilha.

O poema Goth Keeper uma mera memória foi feito por Miguel Reis no dia domingo, junho 01, 2008. Existe 0 Comentarios no poema Goth Keeper uma mera memória
 

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